Aos 34 anos, dificilmente voltará a ser um campeão do futebol, mas ainda pode ser um campeão da vida se não voltar a cair na tentação do uso de drogas. Mário Jardel foi um dos melhores pontas-de-lança de sempre que passaram pelo futebol português. No FC Porto e no Sporting, “Super-Mário”, como ficou conhecido, valia mais do que um golo por jogo, tal como outro grande goleador leonino, o inesquecível Fernando Peyroteo do tempo dos "Cinco Violinos". Em Alvalade, Jardel marcou um total de 67 golos em todas as competições, tendo sido decisivo para a conquista do último título nacional, em 2002, ano em que o Sporting também conquistou a Taça de Portugal e a Supertaça Cândido Oliveira. Só para a Liga de 2001-2002 contribuiu com 42 golos, ficando a quatro de igualar o recorde de outro sul-americano, o argentino Yazalde, que continua como o melhor marcador de sempre em campeonatos europeus, com 46 golos numa só temporada. Em duas emporadas, Jardel conheceu a glória e a inglória. Da sua cabeça fatal saíram os golos que glorificaram o treinador romeno Lazlo Bolöni, mas também as infantilidades que infernizaram a vida de ambos, e que impediram o Sporting de disputar o título com o FC Porto, em 2002-2003, da primeira época de Mourinho. Agora, confessa que estava preso à maldita cocaína. Só não disse como chegou lá... Ao que parece, toda a gente sabia, mas só “Super-Mário” teve coragem de o revelar em público. O seu exemplo não pode ser desperdiçado. O Ministério da Educação deveria estar atento e convidar Mário Jardel para uma campanha de sensibilização dirigida aos jovens portugueses. Uma campanha feita a partir de um exemplo concreto tem muito mais força. O próprio Sporting, como colectividade desportiva de utilidade pública que movimenta milhares e milhares de jovens na ocupação dos tempos livres e na promoção desportiva, até poderia assumir a iniciativa, propondo ao próprio Ministério da Educação um protocolo que possa financiá-la. Mário Jardel também poderia ir pelas escolas do País dar conta do seu exemplo, ajudando, assim, a prevenir a perda de outras vidas e de muitos sonhos de juventude. Só assim ganharia mais sentido a corajosa entrevista do antigo campeão do Sporting à "TV Globo".
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Aos 34 anos, dificilmente voltará a ser um campeão do futebol, mas ainda pode ser um campeão da vida se não voltar a cair na tentação do uso de drogas. Mário Jardel foi um dos melhores pontas-de-lança de sempre que passaram pelo futebol português.
No FC Porto e no Sporting, “Super-Mário”, como ficou conhecido, valia mais do que um golo por jogo, tal como outro grande goleador leonino, o inesquecível Fernando Peyroteo do tempo dos "Cinco Violinos". Em Alvalade, Jardel marcou um total de 67 golos em todas as competições, tendo sido decisivo para a conquista do último título nacional, em 2002, ano em que o Sporting também conquistou a Taça de Portugal e a Supertaça Cândido Oliveira. Só para a Liga de 2001-2002 contribuiu com 42 golos, ficando a quatro de igualar o recorde de outro sul-americano, o argentino Yazalde, que continua como o melhor marcador de sempre em campeonatos europeus, com 46 golos numa só temporada.
Em duas emporadas, Jardel conheceu a glória e a inglória. Da sua cabeça fatal saíram os golos que glorificaram o treinador romeno Lazlo Bolöni, mas também as infantilidades que infernizaram a vida de ambos, e que impediram o Sporting de disputar o título com o FC Porto, em 2002-2003, da primeira época de Mourinho. Agora, confessa que estava preso à maldita cocaína. Só não disse como chegou lá... Ao que parece, toda a gente sabia, mas só “Super-Mário” teve coragem de o revelar em público. O seu exemplo não pode ser desperdiçado.
O Ministério da Educação deveria estar atento e convidar Mário Jardel para uma campanha de sensibilização dirigida aos jovens portugueses. Uma campanha feita a partir de um exemplo concreto tem muito mais força. O próprio Sporting, como colectividade desportiva de utilidade pública que movimenta milhares e milhares de jovens na ocupação dos tempos livres e na promoção desportiva, até poderia assumir a iniciativa, propondo ao próprio Ministério da Educação um protocolo que possa financiá-la. Mário Jardel também poderia ir pelas escolas do País dar conta do seu exemplo, ajudando, assim, a prevenir a perda de outras vidas e de muitos sonhos de juventude. Só assim ganharia mais sentido a corajosa entrevista do antigo campeão do Sporting à "TV Globo".
Por LEÃO DA ESTRELA, Às 4/28/2008 3:42 da tarde
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